Além
de centros de estudo como o Instituto Oceanográfico
e o Projeto TAMAR, a cidade vive do turismo e nos feriados prolongados
e temporada de férias recebe milhares
de turistas.
Ubatuba conta com bons hotéis,
pousadas e restaurantes.
A vida noturna da cidade é bem animada,
com danceterias, bares e quiosques com música
ao vivo.
Histórico:
Ubatuba
traz vários episódios, marcos e
registros históricos vinculados á
própria história do Brasil. Os índios
tupinambás foram os primeiros habitantes
da região de Ubatuba. Eram excelentes canoeiros
e viviam em paz com os índios tupiniquins,
da região de São Vicente, até
a chegada dos portugueses e franceses.
Os franceses mantinham relações
de escambo com os tupinambás e os incitaram
contra os portugueses. Os portugueses mantinham
relações de escambo com os tupiniquins
e procuravam escravizar os tupinambás.
Os tupinambás e os tupiniquins se organizaram
formando a Confederação dos Tamoios
( tamoios: os mais antigos da terra) e passaram
a enfrentar os portugueses.
Foi nesta época que o alemão Hans
Stadem ficou prisioneiro dos índios e dessa
experiência resultou o livro: "Duas
Viagens ao Brasil".
Em 1563, os jesuítas Manoel da Nóbrega
e José de Anchieta partiram de São
Vicente com destino a aldeia de Iperoig com missão
de pacificar os índios.
Como os tamoios desconfiaram da palavra dos portugueses,
Anchieta ficou preso durante vários meses,
enquanto Nóbrega voltou a São Vicente
para finalizar o tratado "A Paz de Iperoig"
( primeiro tratado de paz firmado nas Américas).
Em
1787, o Presidente da província de São
Paulo decretou que todas as embarcações
do litoral fossem obrigadas a se dirigir a Santos,
onde, aliás, os preços obtidos eram
bastante inferiores. A partir dessa pressão
do governo, Ubatuba entrou em franca decadência
com fazendeiros, abandonando muitos canaviais.
Quem ficou, cultivou apenas o necessário
para a subsistência.
Em 1808, a Família Real Portuguesa, fugindo
das tropas napoleônicas transferiu-se para
o Brasil devido a pressão dos ingleses
que ajudaram na fuga.
D. João abriu os
portos brasileiros ao comércio estrangeiro
e beneficiou diretamente o porto de Ubatuba.
O comércio reacendeu suas atividades através
do café, recentemente trazido do Norte
do Brasil, do ressurgimento dos canaviais, do
fumo e dos cereais.
O movimento do porto de Ubatuba intensificou-se
passando para o primeiro lugar no litoral Norte,
ajudado pela estrada da serra que ligava Ubatuba
ao Vale do Paraíba,
via Taubaté, uma estrada que chegou a ser
calçada com pedras naturais
para sustentar o intenso tráfego de burros
carregados de mercadorias.
Inúmeras fazendas se instalaram ao longo
da costa, a maioria hoje lembrada
apenas pela presença de algumas ruínas
ou pelo nome dado a praia ou ao local, Lagoa,
Lagoinha ( ruínas do moinho e da fábrica
de garrafas), Picinguaba, Maranduba, Jundiaquara,
Ubatumirim, etc.
Na cidade ergueram-se sobrados
que atestavam os recursos fartos dos comerciantes.
Hoje sobra apenas o Casarão do Porto, antiga
residência e armazém de Manoel Baltazar
Fortes;
hoje sede da FUNDART - Fundação
de Arte e Cultura. Os outros foram demolidos em
nome do progresso. Ubatuba viveu seu apogeu no
decorrer do império até os primórdios
da República.
Quando a estrada de ferro
D. Pedro II foi construída entre o Rio
de Janeiro e São Paulo desviando as exportações
do porto de Ubatuba, a cidade entrou em crise
novamente. Uma tentativa de construir uma ferrovia
entre Taubaté e Ubatuba foi vista com muita
esperança sendo importados trilhos da Inglaterra,
porém o Governo Federal do Presidente Floriano
Peixoto suspendeu a garantia de juros sobre o
valor do material importado, provocando a falência
do Banco de Taubaté, e, em consequência
a da Companhia Construtora. Com o fracasso da
estrada de ferro, Ubatuba entrou em franca decadência e a população diminuiu até
2.000 (duas mil) pessoas.
A estrada da serra sumiu no meio do mato e o tráfego
marítimo foi reduzido a um navio de dez
em dez dias, no caminho entre Santos e Rio de
Janeiro. Ubatuba virou uma cidade isolada necessitando
uma viagem de seis dias para chegar a São
Paulo e uma viagem de dois dias de mula para subir
a serra até Taubaté. Não
havia estrada terrestre ao longo do litoral, e
toda a comunicação era feita através
de canoas.
Uma tentativa de atrair colonos europeus fracassou
e tudo que resta hoje é a Estação
Experimental ( Horto Florestal ). Depois de várias
tentativas e movimentos, foi conseguida no dia
21 de setembro de 1982 uma tentativa nova, ligando
Ubatuba a Taubaté.
A energia chegou em 1969 depois da instalação
da Petrobrás em São Sebastião.
Obs: Em 1554 passou de Vila a Distrito e em 28/10/1637
pasou a Município, portanto, data de sua
fundação. Em 1972 tornou-se COMARCA,
por força da Lei Estadual nº 163 de
27/09/1948 passou a Estância Balneária. |